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O limiar entre cultura e humanidade


Estou no Quênia... E hoje resolvi escrever meu primeiro textão...


Qual o limite entre cultura e humanidade?

Ou entre aquilo que se repete tanto que parece normal, mas não é?


É um limiar difícil de compreender, de aceitar, de colocar em prática. Porque cultura, a gente entende e respeita. Mas e o que é humanitário?


Li por aí que ser humanitário significa agir para ajudar, proteger e melhorar a vida das pessoas, especialmente aquelas que vivem em situações de vulnerabilidade. Mas até que ponto podemos relevar o que acontece? Até que ponto algo pode ser ignorado assim que embarcamos de volta para casa?


Quem me conhece sabe que eu repito isso inúmeras vezes:Não é porque algo acontece sempre que é normal.E também sabe que eu acredito que os inconformados mudam o mundo.


São eles que dão os saltos necessários, que fazem as mudanças acontecerem. E, mais do que nunca, o Quênia veio para reforçar tudo aquilo que me faz inconformada.


Assim como no Brasil, muito do que vi aqui não tem nada a ver com cultura. Tem a ver com humanidade.


E eu nunca vou aceitar como cultura o que fere, o que desumaniza, o que machuca. Nunca vou desligar o botão de "desver" quando entrar no avião. Porque é exatamente por isso que estou aqui: para crescer como ser humano, para me expor a experiências que moldam minha forma de pensar, minhas ações, minha essência.


Eu acredito em Deus, no universo e em tudo o que me fortalece e me dá esperança para seguir. E sei que questionar Deus, às vezes, é natural. Mas aprendi, nesses anos de caminhada, que Deus são nossas ações. E ações são movidas pela nossa inconformidade.



O conceito de humanitário está diretamente relacionado à compaixão, solidariedade e respeito pela dignidade humana. E isso não tem a ver com cultura tem a ver com ser humano e humano a gente é no mundo inteiro.


One World. One Mission.


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